Motorista tem prisão preventiva decretada por acidente que matou pai e filho em TO
Justiça converteu prisão em flagrante após MP apontar histórico criminal e risco de fuga do suspeito.
O motorista Lucas Rodrigues Monteiro, de 25 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Tocantins por sua suposta participação em um acidente que matou um pai e seu filho de dois meses em Araguaína. A decisão ocorreu após audiência de custódia e representação do Ministério Público do Estado (MPTO), que argumentou com a "periculosidade social" do acusado.
O acidente fatal aconteceu na tarde do dia 14 de dezembro, em um trecho da rodovia BR-153. Segundo a Polícia Civil, Lucas conduzia um carro que colidiu com uma motocicleta na qual estavam Caio Pinheiro Rocha, de 22 anos, seu filho Pietro Gael Pinheiro Magalhães, de dois meses, e a esposa de Caio, que ficou gravemente ferida. Tanto o pai quanto o bebê morreram no local.
Flagrante por embriaguez e decisão judicial
Lucas Rodrigues Monteiro foi detido no local sob suspeita de dirigir sob influência de álcool. Na delegacia, foi preso em flagrante pelo crime de homicídio. A perícia inicial não encontrou vestígios de frenagem na pista, indicando, segundo as autoridades, que o motorista assumiu o risco de causar o acidente.
Em audiência de custódia, o MPTO pediu a conversão da prisão em flagrante para preventiva. O pedido foi atendido pela Justiça, que considerou, conforme o MP, a comoção causada pelas mortes, o risco de fuga e o histórico do acusado. Lucas já responde a um processo criminal anterior e é suspeito de descumprir medidas cautelares, incluindo a proibição de frequentar bares.
Versões em conflito sobre a dinâmica
A defesa de Lucas Rodrigues Monteiro apresentou uma versão diferente dos fatos. Em nota, os advogados afirmaram que ele estava trafegando entre 60 km/h e 80 km/h sob forte chuva e tentou desviar da moto no momento da colisão. A defesa também negou que ele apresentasse sinais de embriaguez durante o depoimento e destacou que ele permaneceu no local e acionou a polícia.
Contudo, a Polícia Civil sustenta que testemunhas relataram que o motorista aparentava estar alcoolizado. Imagens de câmeras de segurança também indicariam que ele trafegava em alta velocidade. Durante o depoimento, conforme a polícia, o próprio Lucas confessou ter ingerido bebida alcoólica antes de dirigir.
Próximos passos do processo
O caso foi encaminhado para a Vara do Tribunal do Júri, por se enquadrar em crime doloso contra a vida. A defesa já teve acesso aos autos do inquérito e aguarda laudos periciais mais detalhados para contestar as acusações. A polícia reforçou que elementos como a pista molhada, pneu dianteiro inadequado do carro e a tentativa inicial de fuga do local corroboraram a decisão pela prisão.
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