Ricardo Ayres pede CPI sobre cassinos online após morte do filho de assessora

O debate sobre a regulamentação dos jogos de azar no Brasil voltou a ser intensificado no Congresso Nacional, especialmente após o recente caso trágico que envolveu a equipe do deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO). O filho de uma colaboradora cometeu suicídio em Palmas após enfrentar sérios problemas financeiros, resultado de dívidas decorrentes de apostas em jogos de azar. Essa situação despertou um alerta para os potenciais efeitos nocivos que os cassinos online têm na saúde mental e financeira dos brasileiros.

No seu pronunciamento, Ayres enfatizou a urgência de uma regulação mais rigorosa, afirmando que a popularização dos cassinos virtuais está levando pessoas ao endividamento e à desilusão. Ele descreveu os jogos de azar como uma “porta de entrada para a destruição da saúde mental e financeira”, lamentando a dor que sua equipe está enfrentando. “Ver uma mãe perder o filho para essa armadilha é devastador”, declarou o deputado, tornando claro o impacto pessoal que a questão traz.

Além disso, Ayres expressou sua insatisfação com a falta de ações efetivas para coibir a atuação dessas plataformas, que continuam a operar mesmo com a regulamentação parcial das apostas esportivas. Ele lidera um movimento visando à criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Jogos de Azar, que já conta com a maioria das assinaturas necessárias, mas ainda precisa de 11 adesões para a sua formalização. A proposta busca investigar não apenas possíveis irregularidades, mas também o papel da publicidade na propagação do vício em apostas.

O deputado finalizou sua fala ressaltando a necessidade de discutir o impacto dos cassinos online na vida de milhões de brasileiros, bem como garantir que a regulamentação do setor proteja os jogadores de práticas abusivas. Até o momento, as discussões acerca da CPI permanecem em andamento, com a expectativa de que se torne um espaço importante para abordar as preocupações referentes a esse tema tão delicado.