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STF decide nesta semana sobre retorno de Wanderlei Barbosa ao governo do Tocantins
Tocantins

STF decide nesta semana sobre retorno de Wanderlei Barbosa ao governo do Tocantins

Segunda turma da Corte analisará liminar que derrubou afastamento do governador, afastado há três meses por suspeita de desvios na pandemia.

Redação
Redação

8 de dezembro de 2025 ·

A liminar que determinou o retorno de Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao cargo de governador do Tocantins será analisada pela segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) a partir desta quarta-feira (10). A decisão monocrática do ministro Nunes Marques, que revogou o afastamento na última sexta-feira (5), precisa ser referendada pelos demais integrantes da turma.

Wanderlei Barbosa voltou ao Palácio Araguaia após passar três meses afastado do cargo. O afastamento foi determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no âmbito da Operação Fames-19, que investiga desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia de Covid-19.

Julgamento virtual e composição da turma

O julgamento na segunda turma do STF será realizado de forma virtual, com término previsto para quinta-feira (11). A turma é composta pelos ministros Dias Toffoli, Luiz Fux, Nunes Marques, André Mendonça e pelo presidente Gilmar Mendes.

Em sua decisão, o ministro Nunes Marques deferiu medida liminar para suspender, até o julgamento final do pedido, a medida cautelar de afastamento determinada pelo STJ. O ministro argumentou que o afastamento causa impacto na continuidade da Administração Pública às vésperas de ano eleitoral e que exige "fundamentação robusta".

Contexto da operação e retomada do governo

Wanderlei Barbosa e a primeira-dama foram afastados no dia 3 de setembro de 2025 por decisão do ministro Mauro Campbell, do STJ, posteriormente referendada pela Corte Especial do órgão. Eles são suspeitos de desvios de recursos realizados em 2020 e 2021, quando Barbosa era responsável pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas).

Após seu retorno, o governador exonerou todo o primeiro escalão nomeado pelo vice-governador, Laurez Moreira (PSB), e realocou aliados em cargos estratégicos. Moreira havia assumido o governo e, entre suas primeiras medidas, suspendeu um contrato de táxi aéreo usado pelo governador afastado.

Posicionamento da PGR e detalhes da decisão

A Procuradoria-Geral da República (PGR) manifestou-se contrária ao afastamento durante o curso do processo. Na decisão, Nunes Marques afirmou que os indícios apurados pela Polícia Federal não se mostram "contemporâneos à medida cautelar de afastamento".

A liminar não menciona o afastamento da primeira-dama. A decisão do STJ que afastou Barbosa tinha prazo de 180 dias e foi derrubada com efeito imediato pelo ministro do STF, que atendeu a um pedido de Habeas Corpus apresentado pela defesa do governador.

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