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Justiça suspende despejo de 130 famílias em área rural de Palmas
Tocantins

Justiça suspende despejo de 130 famílias em área rural de Palmas

Decisão judicial garante permanência de famílias sem moradia alternativa até julgamento final do processo.

Redação
Redação

16 de dezembro de 2025 ·

A Justiça suspendeu a ordem que determinava o despejo de cerca de 130 famílias acampadas em uma fazenda na zona rural de Palmas, capital do Tocantins. A decisão, publicada na sexta-feira (12), argumenta que a desocupação imediata poderia causar dano irreparável e colocar as pessoas em situação de extrema vulnerabilidade.

Antes da suspensão, uma liminar previa a desocupação da área em apenas cinco dias, prazo que deixaria as famílias sem alternativa de moradia. A medida judicial garante agora que os ocupantes permaneçam no local até o julgamento final do processo.

Defesa argumenta por direitos básicos

Segundo a Defensoria Pública do Estado do Tocantins, as famílias dependem da terra para atividades de subsistência. O órgão sustentou que o despejo imediato violaria direitos constitucionais básicos, como o acesso à moradia e à dignidade da pessoa humana.

“A medida poderia causar dano irreparável e colocar as famílias em situação de extrema vulnerabilidade”, afirmou a Defensoria em seu argumento, que foi acatado pela Justiça.

Histórico da área em disputa

O processo envolve o Acampamento Taboca, localizado na Fazenda Buriti Alegre. A área é um lote que pertence à União e está sob responsabilidade do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) desde o ano de 2007.

A criação de um projeto de assentamento na área já foi autorizada pelo Incra, o que fundamenta a permanência das famílias enquanto o processo de destinação da terra não é concluído.

Próximos passos do processo

Com a suspensão da ordem de despejo, o caso segue seu curso normal na Justiça. A decisão final sobre a posse da terra e a situação das famílias dependerá do julgamento de mérito, que ainda não tem data marcada.

Enquanto isso, as cerca de 130 famílias permanecem no acampamento, aguardando a definição jurídica sobre o futuro do local onde residem e cultivam.

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