Policial militar é preso após agredir idoso durante passeio com cachorro em Guaraí

O policial militar Matheus Augusto Rodrigues Lemos, de 34 anos, foi preso em flagrante nesta sexta-feira (12) em Guaraí, Tocantins, suspeito de agredir um idoso de 62 anos no último domingo (7). A prisão preventiva foi decretada pela Justiça da comarca e cumprida pela Polícia Civil do Tocantins (PC-TO) na 48ª Delegacia de Polícia da cidade.

O militar, que não estava em serviço no momento do crime, foi detido enquanto acompanhava uma testemunha que prestava depoimento sobre o caso. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), ele não ofereceu resistência à prisão.

Vídeo nas redes sociais mostra agressão

A agressão ocorreu no setor Planalto, quando o idoso passeava com seu cachorro. Vídeos que circularam amplamente nas redes sociais mostram o momento em que Matheus desfere uma sequência de socos, chutes e cotoveladas contra a vítima, que estava caída no asfalto. Testemunhas intervieram para interromper a violência.

Conforme o boletim de ocorrência, o idoso se aproximou do policial para se desculpar após o cachorro se dirigir a ele, momento em que as agressões começaram. A vítima registrou a ocorrência na delegacia acompanhada de seu advogado.

Resposta institucional e investigações em curso

A Polícia Militar do Tocantins (PMTO) informou que, assim que tomou conhecimento do fato, afastou o soldado Matheus do serviço operacional e instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar sua conduta. O militar ingressou na corporação em 2022, por concurso público.

O delegado Antonione Wandré de Araújo Neto, responsável pelo caso, destacou que o inquérito policial, que investiga lesão corporal, deve ser concluído nos próximos dias. Após exame médico legal, Matheus foi recolhido e permanece custodiado nas dependências do 7º Batalhão da Polícia Militar (7º BPM) de Guaraí, conforme determina a legislação para militares.

Nota oficial e posicionamento da defesa da vítima

Em nota, a PMTO reafirmou seu "compromisso com a legalidade e a transparência", afirmando que a sindicância administrativa segue seu curso com total independência da ação judicial. A instituição também ressaltou que "a conduta do militar não reflete os valores e o profissionalismo dos seus integrantes".

O escritório de advocacia que defende o idoso emitiu uma nota manifestando "profundo repúdio" ao episódio, classificando a agressão como "injustificada" e "grave violação dos direitos" do cidadão. O texto afirma que todas as medidas cabíveis nas esferas criminal e administrativa estão sendo adotadas para assegurar a responsabilização do agressor.