Policial militar é suspeito de agredir idoso após latido de cachorro em Guaraí

Um idoso de 62 anos foi agredido com socos e chutes na tarde de domingo (7) em uma rua do setor Planalto, em Guaraí, região centro-norte do Tocantins. O suspeito é o policial militar Matheus Augusto Rodrigues Lemos, de 34 anos, que não estava em serviço no momento do ocorrido. Segundo informações preliminares, a motivação da agressão teria sido a aproximação e o latido de um cachorro de pequeno porte da vítima.

O caso foi registrado em vídeo e amplamente divulgado nas redes sociais do Portal Guaraí Notícias. As imagens mostram o momento em que o idoso, já caído no asfalto, recebe uma sequência de cotoveladas. Testemunhas intervieram para interromper a violência e afastar o agressor da vítima.

Detalhes da agressão e procedimentos legais

Conforme o boletim de ocorrência, o idoso passeava com seu cachorro quando o animal se aproximou de Matheus, que estava em uma esquina. A vítima se dirigiu ao policial para pedir desculpas pela aproximação do animal e, nesse momento, foi atacada. O suspeito, identificado como Matheus Augusto Rodrigues Lemos, informou por meio de advogado que não vai se manifestar, "já que o caso será apurado legalmente".

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que o idoso compareceu, acompanhado de um advogado, à 7ª Central de Atendimento da Polícia Civil, em Guaraí, para registrar o boletim de ocorrência. A vítima também passou pelo exame de corpo de delito. O caso está sendo investigado pela 48ª Delegacia de Polícia Civil de Guaraí.

Resposta da Polícia Militar e afastamento do suspeito

Em nota, a Polícia Militar do Tocantins (PMTO) afirmou que uma equipe esteve no local dos fatos, mas que, no momento da abordagem, as partes envolvidas optaram por não formalizar a representação criminal – procedimento necessário para a condução policial imediata em casos dessa natureza.

Apesar disso, ao ter acesso às imagens que evidenciam a agressão, o Comando da Unidade determinou a imediata instauração de um procedimento administrativo disciplinar para apurar a conduta do militar. A PMTO reiterou seu "repúdio a qualquer forma de violência" e afirmou que "não tolera comportamentos alheios à ética e à disciplina militar". O militar foi afastado do serviço operacional até o fim dos procedimentos.

A instituição destacou que o objetivo do processo é garantir que o caso seja tratado "com o máximo rigor e isenção", aplicando-se os procedimentos previstos na legislação vigente.