Servidores do Detran e despachantes são condenados por organização criminosa, corrupção e falsificação de documentos

Nove réus, entre eles servidores do Departamento Estadual de Trânsito do Tocantins (Detran) e despachantes, foram condenados por diversos crimes associados a fraudes na emissão de documentos de veículos roubados. O caso, que se arrasta desde 2019, foi desdobrado pela operação Dolos, uma ação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público Estadual em parceria com a Polícia Civil.

As investigações apontaram que o grupo tinha expertise na emissão de Certificados de Registro de Veículos (CRVs) falsos para carros que haviam sido roubados ou furtados. Entre os crimes pelos quais os réus foram condenados estão organização criminosa, corrupção ativa, falsificação de documento público e inserção de dados falsos no sistema do Detran. As sentenças foram assinadas pelo juiz Carlos Roberto de Sousa Dutra da 1ª Vara Criminal de Araguaína.

As irregularidades começaram a ser desvendadas em abril de 2018 e se estenderam até janeiro de 2020. Durante as investigações, o Gaeco identificou que os documentos falsificados estavam sendo utilizados não só para fraudar o sistema de registro de veículos, mas também para aplicar golpes contra seguradoras e obter financiamentos e empréstimos fraudulentos. O juiz determinou que os réus cumprem penas em regimes diversos, conforme a gravidade dos crimes cometidos. O andamento do processo continua a ser monitorado pelas autoridades competentes.