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STF forma maioria para referendar retorno de Wanderlei Barbosa ao governo do Tocantins
Política

STF forma maioria para referendar retorno de Wanderlei Barbosa ao governo do Tocantins

Governador reassumiu após liminar e decisão precisa ser confirmada pela Segunda Turma da corte.

Redação
Redação

11 de dezembro de 2025 ·

A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta quarta-feira (10) para referendar o retorno de Wanderlei Barbosa (Republicanos) ao cargo de governador do Tocantins. O julgamento está sendo realizado de forma virtual e pode seguir até quinta-feira (11).

Até o início da noite, haviam votado a favor do retorno o relator, ministro Nunes Marques, e os ministros André Mendonça e Luiz Fux. Ainda faltam os votos dos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes. A votação pode durar até 23h59 de quinta.

Wanderlei Barbosa reassumiu o governo na última sexta-feira (5) após uma liminar monocrática do ministro Nunes Marques. Como a decisão foi individual, ela precisava ser referendada pelos demais integrantes da Segunda Turma para ganhar validade definitiva.

Três meses de afastamento

O governador ficou afastado do cargo por três meses por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele é investigado na Operação Fames-19, que apura desvios de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19.

A defesa de Wanderlei Barbosa emitiu nota no dia da liminar afirmando que recebeu a decisão com "serenidade". O processo corre em segredo de justiça, mas é possível acompanhar no site do STF a sustentação oral da defesa e o posicionamento dos ministros.

Fundamentação da liminar

Na decisão que suspendeu o afastamento, o ministro Nunes Marques argumentou que a medida causava impacto na continuidade da Administração Pública às vésperas de ano eleitoral. Ele afirmou que o afastamento de um chefe do Executivo exige "fundamentação robusta" e que os indícios apurados pela polícia não se mostravam "contemporâneos à medida cautelar de afastamento".

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou contrária ao afastamento durante o curso do processo. Após retornar, Wanderlei Barbosa exonerou todo o primeiro escalão nomeado pelo vice-governador, Laurez Moreira (PSD), que assumiu interinamente, e trouxe de volta aliados para cargos estratégicos.

Operação Fames-19

Wanderlei Barbosa e a primeira-dama foram afastados no dia 3 de setembro de 2025 por decisão do ministro Mauro Campbell, do STJ, posteriormente referendada pela Corte Especial do órgão. Eles são suspeitos de desvios de recursos públicos realizados em 2020 e 2021, período de emergência em saúde pública.

Na época dos fatos, Wanderlei era responsável pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), órgão que recebia os recursos destinados ao combate à pandemia. Segundo a Polícia Federal, ele teria mantido um esquema de desvios por meio de contratações ilícitas. A liminar que autorizou seu retorno não menciona o afastamento da primeira-dama.

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