Brasil tem maior número de vendavais com ventos acima de 80 km/h em 25 anos

O Brasil registrou em 2025 o maior número de vendavais com ventos superiores a 80 km/h dos últimos 25 anos, de acordo com dados compilados por institutos de meteorologia. O fenômeno, que causa destruição de telhados, queda de árvores e interrupção no fornecimento de energia, tem se tornado mais frequente e intenso em diversas regiões do país.

Um levantamento paralelo aponta que quase um terço (33%) das cidades brasileiras vive sob ameaça quando a chuva aperta, enfrentando riscos de alagamentos, deslizamentos e os próprios vendavais. A situação expõe a vulnerabilidade da infraestrutura urbana e a necessidade de planos de contingência municipais.

Contexto e Dados do Fenômeno

Os vendavais são rajadas de vento muito fortes e repentinas, frequentemente associadas a nuvens de tempestade do tipo cumulonimbus. O recorde histórico de ocorrências em 2025 supera marcas anteriores, com eventos registrados em todas as regiões, incluindo áreas tradicionalmente menos afetadas.

Especialistas em climatologia vinculam o aumento na frequência e na força desses eventos a mudanças nos padrões atmosféricos. "Estamos observando uma maior energia disponível na atmosfera, o que potencializa a formação de tempestades severas", explica a meteorologista Ana Claudia Santos, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Vulnerabilidade das Cidades e Riscos Associados

A estatística de que 33% dos municípios estão sob ameaça durante chuvas fortes leva em conta não apenas os vendavais, mas um conjunto de riscos hidrometeorológicos. Cidades com ocupação urbana desordenada em encostas ou áreas de várzea são particularmente vulneráveis.

"Quando a chuva aperta, esses locais sofrem um efeito cascata: alagamentos paralisam vias, ventos fortes causam danos materiais e o risco de deslizamentos ameaça comunidades inteiras", afirma Carlos Alberto Mendes, coordenador da Defesa Civil Nacional. Ele ressalta que a preparação e os sistemas de alerta precoce são ferramentas fundamentais para mitigar os impactos.

Outras Notícias em Destaque

Enquanto o país lida com os efeitos do clima, outros fatos marcam a agenda nacional. No Congresso, a CPI dos Maus-tratos aprovou seu relatório final com 10 indiciamentos, encaminhando as conclusões ao Ministério Público. O deputado do PL que assinou o pedido de cassação dos mandatos do ex-ministro Anderson Torres (Eduardo) e do delegado Alexandre Ramagem teve sua identidade revelada, agitando o cenário político.

No plano internacional, caças dos Estados Unidos sobrevoaram áreas próximas à capital da Venezuela, Caracas, segundo apontou o radar de controle aéreo da região, em um movimento que tensiona as relações diplomáticas.

Decisões Governamentais e Econômicas

No âmbito da administração federal, o Congresso Nacional aprovou um empréstimo de R$ 12 bilhões para os Correios, operação que conta com garantias da União para tentar recuperar a saúde financeira da estatal. Paralelamente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convidou o ex-deputado Gustavo Feliciano para assumir o Ministério do Turismo.

Na economia, o TikTok assinou um acordo preliminar para vender suas operações nos Estados Unidos, conforme divulgado por agências de notícias, em uma tentativa de resolver disputas legais no país. Já a Mega-Sena acumulou e o prêmio estimado para o próximo concurso é de R$ 62 milhões.

Análise e Próximos Passos

A colunista Andréia Sadi analisou que um "acordão pela dosimetria" no Judiciário expôs tensions entre governo, STF e Congresso, revelando manobras em torno da aplicação de penas. O caso ilustra os atritos entre os Poderes.

Para enfrentar a crescente ameaça dos eventos climáticos extremos, como os vendavais recordistas, autoridades defendem a modernização dos sistemas de monitoramento e a implementação de planos de resiliência urbana. A expectativa é que os dados de 2025 sirvam de alerta para a adoção de políticas públicas preventivas.