PF vê senador Weverton como 'sócio oculto' de organização criminosa
Polícia Federal pediu prisão do parlamentar, mas Supremo Tribunal Federal autorizou apenas buscas e apreensões.
A Polícia Federal (PF) identificou o senador Weverton Rocha (PDT-MA) como um "sócio oculto" de uma organização criminosa investigada na Operação Mãos Limpas, deflagrada nesta quinta-feira (18). De acordo com as investigações, o parlamentar teria recebido vantagens indevidas e atuado para beneficiar o grupo. A PF chegou a pedir a prisão preventiva de Weverton, mas o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou apenas medidas cautelares, como buscas e apreensões.
Weverton Rocha é o segundo na linha de sucessão da Presidência da República, ocupando o cargo de presidente do Senado Federal. As investigações apontam que o senador teria recebido R$ 50 mil do ex-servidor público conhecido como "Careca do INSS", apontado como um dos operadores financeiros da organização. O valor teria sido pago em espécie.
Acusado nega irregularidades
Em nota, a assessoria do senador Weverton Rocha negou veementemente as acusações. "O senador reafirma que sempre pautou sua conduta pública pela legalidade e transparência, e confia que as investigações comprovarão sua inocência", diz o texto. A defesa do parlamentar informou que ele colaborará com as autoridades e que todos os mandados serão cumpridos.
O "Careca do INSS", cujo nome real é Carlos Alberto de Sousa, é investigado por suspeita de integrar um esquema de desvios e fraudes na Previdência Social. A PF apura se a organização criminosa atuava na venda de benefícios previdenciários e na manipulação de processos administrativos.
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Em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negou a existência de um acordo com o Congresso Nacional e afirmou que vai vetar integralmente o Projeto de Lei da Dosimetria, que trata do cálculo de penas no sistema penal. "Não há nenhum acordo. Vou vetar o projeto porque ele é inconstitucional", declarou Lula após almoço com os comandantes das Forças Armadas.
No cenário internacional, novas fotos do espólio do financista Jeffrey Epstein, divulgadas pela justiça americana, mostram passaportes de jovens de diversos países. As imagens reforçam as investigações sobre a rede internacional de tráfico e abuso sexual ligada a Epstein.
O presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou que o acordo de livre-comércio entre o Mercosul e a União Europeia "não pode ser assinado" no seu estado atual, criando um novo impasse nas negociações que se arrastam há anos.
No Tocantins, um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento do assassinato do ex-jogador de futebol Mario Pineida, que atuou pelo Fluminense. As imagens, de forte impacto, estão sendo analisadas pela polícia local para auxiliar nas investigações do crime.
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