PF aponta ex-assessora de Lira como comandante de desvio de emendas parlamentares
Investigação revela esquema de desvio de recursos públicos que movimentou milhões de reais em contratos fraudulentos.
A Polícia Federal (PF) identificou uma ex-assessora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como a suposta comandante de um esquema de desvio de emendas parlamentares. A investigação, que apura fraudes em contratos, aponta que os recursos públicos eram direcionados para empresas de fachada.
De acordo com as apurações, o modus operandi envolvia a indicação de empresas específicas para receber os recursos das emendas, que posteriormente eram desviados. A operação da PF, deflagrada nesta sexta-feira (12), cumpre mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.
Esquema milionário e operação da PF
A investigação, que tramita em sigilo, estima que o esquema tenha movimentado milhões de reais em desvios. As empresas suspeitas de atuar como laranjas teriam sido criadas exclusivamente para receber os repasses públicos e não possuíam estrutura para executar os serviços contratados.
“A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e desviar verbas públicas por meio de empresas fantasmas”, informou a PF em nota oficial. A ex-assessora de Lira, cujo nome não foi divulgado pela Justiça, é apontada como a articuladora central do esquema, responsável por fazer a ponte entre parlamentares e as empresas envolvidas.
Contexto político e reações
O caso ocorre em um momento de intenso debate sobre a fiscalização do orçamento federal e o uso de emendas parlamentares. A descoberta do esquema pela PF deve reacender as discussões sobre o controle e a transparência na aplicação desses recursos.
Até o momento, a assessoria de Arthur Lira não se manifestou oficialmente sobre o caso. Procurado, o gabinete do presidente da Câmara informou que não comenta investigações em andamento e que aguarda o desenrolar dos fatos para se pronunciar.
Próximos passos da investigação
A PF deve analisar documentos apreendidos e ouvir os investigados nas próximas 72 horas. O Ministério Público Federal (MPF) avalia os elementos colhidos para eventualmente oferecer denúncia contra os envolvidos.
As penas para os crimes investigados, como formação de quadrilha, fraude em licitação e desvio de verba pública, podem chegar a mais de 10 anos de reclusão. A expectativa é que novas fases da operação sejam deflagradas conforme as provas forem consolidadas.
Deixe seu Comentário
0 Comentários