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PF aponta ex-assessora de Lira como comandante de desvio de emendas parlamentares
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PF aponta ex-assessora de Lira como comandante de desvio de emendas parlamentares

Investigação revela esquema de desvio de recursos públicos que movimentou milhões de reais em contratos fraudulentos.

Redação
Redação

13 de dezembro de 2025 ·

A Polícia Federal (PF) identificou uma ex-assessora do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), como a suposta comandante de um esquema de desvio de emendas parlamentares. A investigação, que apura fraudes em contratos, aponta que os recursos públicos eram direcionados para empresas de fachada.

De acordo com as apurações, o modus operandi envolvia a indicação de empresas específicas para receber os recursos das emendas, que posteriormente eram desviados. A operação da PF, deflagrada nesta sexta-feira (12), cumpre mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.

Esquema milionário e operação da PF

A investigação, que tramita em sigilo, estima que o esquema tenha movimentado milhões de reais em desvios. As empresas suspeitas de atuar como laranjas teriam sido criadas exclusivamente para receber os repasses públicos e não possuíam estrutura para executar os serviços contratados.

“A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada em fraudar licitações e desviar verbas públicas por meio de empresas fantasmas”, informou a PF em nota oficial. A ex-assessora de Lira, cujo nome não foi divulgado pela Justiça, é apontada como a articuladora central do esquema, responsável por fazer a ponte entre parlamentares e as empresas envolvidas.

Contexto político e reações

O caso ocorre em um momento de intenso debate sobre a fiscalização do orçamento federal e o uso de emendas parlamentares. A descoberta do esquema pela PF deve reacender as discussões sobre o controle e a transparência na aplicação desses recursos.

Até o momento, a assessoria de Arthur Lira não se manifestou oficialmente sobre o caso. Procurado, o gabinete do presidente da Câmara informou que não comenta investigações em andamento e que aguarda o desenrolar dos fatos para se pronunciar.

Próximos passos da investigação

A PF deve analisar documentos apreendidos e ouvir os investigados nas próximas 72 horas. O Ministério Público Federal (MPF) avalia os elementos colhidos para eventualmente oferecer denúncia contra os envolvidos.

As penas para os crimes investigados, como formação de quadrilha, fraude em licitação e desvio de verba pública, podem chegar a mais de 10 anos de reclusão. A expectativa é que novas fases da operação sejam deflagradas conforme as provas forem consolidadas.

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