Rafaela Maria declara alívio ao saber que médico e vereador vão a júri popular
"Choro de alívio", é o que declara Rafaela Maria, após a decisão que vai levar a júri popular o médico Erivelton Teixeira (PL), atual prefeito de Carolina, e o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL). Ambos são acusados por Rafaela de realizarem um aborto contra ela, à força, em 2017, dentro de um motel de Augustinópolis, no Bico do Papagaio. Ainda cabe recurso da decisão e o g1 entrou em contato com Erivelton e Lindomar, mas ainda não houve retorno. Desde que o momento em que denunciou o caso, Rafaela, de 35 anos, conta que passou a receber comentários maldosos em diversas esferas, inclusive nas redes sociais. Atualmente, ela mora em outro país e faz tratamento psicológico por todo o trauma que passou. "Desde que meu caso começou a repercutir minha saúde psicológica piorou um pouco, mais eu percebi a importância e a necessidade da mídia. Depois dessa exposição, toda as coisas começaram a fluir e hoje já estou com o psicológico mais preparado pra tudo isso. [...] Eu ainda estou no exterior, faço tratamento psiquiátrico, mas depois dessa notícia [do júri popular] eu tive uma noite de sono que fazia muito tempo que eu não tinha" Rafaela conta ainda como tem sido os últimos anos com a dor de perder um filho, já que ela nunca cogitou a ideia de abortar, que considerava um erro. Na decisão de quarta-feira (19), o juiz da 2ª Vara de Augustinópolis, Alan Ide Ribeiro da Silva, concluiu que há indícios de participação de Erivelton Teixeira Neves (PL) e o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL) no aborto ocorrido. Para o juiz, a materialidade e a autoria do crime estão comprovadas em um inquérito policial de 2019. A investigação policial possui entre as provas um exame Beta HCG que atesta a gravidez da vítima, além de depoimentos de testemunhas do caso. Na mesma sentença, a Justiça pede a apuração de possível crime por parte dos advogados de um dos réus e determina o envio do material ao Tribunal de Ética da OAB/TO para apurar possível infração disciplinar. O juiz também decidiu enviar a documentação para a Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil Nacional, "para que a vítima possa ser assessorada, em vista a tutelar seus interesses relacionados à sua honra que entender cabíveis diante das condutas observadas". Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e da Polícia Civil, aceita pela Justiça do Tocantins, a vítima e Erivelton tinham um relacionamento amoroso com idas e vindas, principalmente quando ela descobriu que ele era casado. Após o aborto, Rafaela denunciou o caso à polícia e, segundo ela, passou a ser perseguida com fake news e ameaçada. Atualmente, ela mora fora do país, como medida de segurança.
"Choro de alívio", é o que declara Rafaela Maria, após a decisão que vai levar a júri popular o médico Erivelton Teixeira (PL), atual prefeito de Carolina, e o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL). Ambos são acusados por Rafaela de realizarem um aborto contra ela, à força, em 2017, dentro de um motel de Augustinópolis, no Bico do Papagaio. Ainda cabe recurso da decisão e o g1 entrou em contato com Erivelton e Lindomar, mas ainda não houve retorno. Desde que o momento em que denunciou o caso, Rafaela, de 35 anos, conta que passou a receber comentários maldosos em diversas esferas, inclusive nas redes sociais. Atualmente, ela mora em outro país e faz tratamento psicológico por todo o trauma que passou. "Desde que meu caso começou a repercutir minha saúde psicológica piorou um pouco, mais eu percebi a importância e a necessidade da mídia. Depois dessa exposição, toda as coisas começaram a fluir e hoje já estou com o psicológico mais preparado pra tudo isso. [...] Eu ainda estou no exterior, faço tratamento psiquiátrico, mas depois dessa notícia [do júri popular] eu tive uma noite de sono que fazia muito tempo que eu não tinha" Rafaela conta ainda como tem sido os últimos anos com a dor de perder um filho, já que ela nunca cogitou a ideia de abortar, que considerava um erro. Na decisão de quarta-feira (19), o juiz da 2ª Vara de Augustinópolis, Alan Ide Ribeiro da Silva, concluiu que há indícios de participação de Erivelton Teixeira Neves (PL) e o vereador Lindomar da Silva Nascimento (PL) no aborto ocorrido. Para o juiz, a materialidade e a autoria do crime estão comprovadas em um inquérito policial de 2019. A investigação policial possui entre as provas um exame Beta HCG que atesta a gravidez da vítima, além de depoimentos de testemunhas do caso. Na mesma sentença, a Justiça pede a apuração de possível crime por parte dos advogados de um dos réus e determina o envio do material ao Tribunal de Ética da OAB/TO para apurar possível infração disciplinar. O juiz também decidiu enviar a documentação para a Comissão da Mulher da Ordem dos Advogados do Brasil Nacional, "para que a vítima possa ser assessorada, em vista a tutelar seus interesses relacionados à sua honra que entender cabíveis diante das condutas observadas". Conforme a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e da Polícia Civil, aceita pela Justiça do Tocantins, a vítima e Erivelton tinham um relacionamento amoroso com idas e vindas, principalmente quando ela descobriu que ele era casado. Após o aborto, Rafaela denunciou o caso à polícia e, segundo ela, passou a ser perseguida com fake news e ameaçada. Atualmente, ela mora fora do país, como medida de segurança.